«É o aniversário mais triste da minha vida»
Meio século de vida, polémica, história e conquistas. Mas é um ano infeliz para Diego Armando Maradona. “El Pibe” afirmou que nunca teve um aniversário tão sombrio ao longo dos outros 49 que celebrou. O astro argentino revelou que desejava continuar como seleccionador argentino, mesmo depois de não ter conseguido ser campeão do mundo na África do Sul.
«É o aniversário mais triste da minha vida. O que não quero festejar. A Dalma [filha mais velha] e a Verónia [namorada] insistiram, mas não me convenceram. Há algo no meu peito que não me deixa festejar. A prenda sonhada, não vou ter, porque teria sido treinar a selecção», disse El Diez, em entrevista do diário Olé.
Maradona revelou ainda vai passar algum tempo com a família, mas, depois, ficará por casa. «Não estou morto, sinto-me inteiro, mas não estou para festejos», explicou, acrescentando que só não treina a alviceleste, porque o presidente da Federação, Julio Grandona, lhe impôs a mudança de adjuntos como condição para a renovação de contrato: «Ter ficado sem alternativa doeu-me muito. Comecei o meu luto íntimo quando fomos afastados do Mundial [4-0 frente à Alemanha nos quartos-de-final].»
O Pelusa considera, no entanto, que a experiência no Mundial resultou em «40 dias maravilhosos» vividos por toda a comitiva argentina. E, por isso, Maradona revelou um desejo: ser seleccionador no próximo ano, na altura em que faz 51 anos.
Como sempre, Maradona não fugiu à polémica e lançou alfinetadas na direcção do actual seleccionador argentino, Sergio Batista - «Não ninguém feliz» - e Carlos Bilardo, dirigente da Federação: «Diz que fez de mim jogador, mas nunca me deu uma instrução, uma forma de jogar.»
Quando questionado sobre o melhor treinador que teve, Maradona nem tem dúvidas e dá logo um nome: César Menotti. Já a melhor equipa por onde passe, Diego destaca o Nápoles.
Jornal A Bola
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